DIFERENÇA ENTRE IMPLANTE IMEDIATO E CARGA IMEDIATA

Para entender a diferença entre implante imediato e carga imediata temos que dividir o tratamento de implantes em duas etapas: cirúrgica, que é a instalação do pino de titânio, que nada mais é do que uma raiz artificial; e a segunda etapa que é prótese sobre esse implante, que é o dente propriamente dito.

Pois bem, já sabendo a diferença entre essas duas etapas, então quando falamos em implante imediato estamos nos referindo ao ato da cirurgia (instalação do pino de titânio), essa situação acontece quando extraímos um ou demais dentes e no mesmo ato cirúrgico é possível a instalação dos implantes, sendo essa situação a melhor condição para o osso remanescente do paciente, pois essa região não ficará sem estimulo e o processo de reparação óssea irá acontecer ao redor dessa nova raiz artificial que foi instalada, ou seja, o paciente não perde estrutura e volume ósseo. Nessa situação quase sempre é preciso um pequeno enxerto ósseo, pois irá ficar pequenos espaços vazios dos alvéolos, dos dentes que foram extraídos.

O que pode contra indicar um implante imediato, seria falta de osso remanescente para ancoragem do implante; se não for possível a instalação do implante na posição 3D (posição ideal do implante); e necessidade de grandes reconstruções óssea, como por exemplo pacientes periodontalmente comprometidos. Caso não seja possível a instalação do implante imediato, preconiza-se a regeneração óssea desse alvéolo, para que não haja perda de volume ósseo, e não acarrete posteriormente complicações em um futuro tratamento com implante.

Uma outra situação é quando o paciente perde um dente a algum tempo e aquela região precisa ser reabilitada com implante, nessa situação dizemos que estamos trabalhando sob um alvéolo cicatrizado, pois houve uma cicatrização desse osso que sofreu uma remodelação. Assim nessa condição não temos a situação do implante imediato, pois não houve extração dental. Caso o paciente perca um elemento dental e não realize um implante naquela região, o osso remanescente dessa área tem tendência a ir se atrofiando com o passar do tempo, pois não haverá estimulo naquele tecido ósseo e as células formadoras de osso param de produzir osso.

Sobre a segunda etapa da reabilitação com implantes, que é a fase protética, ou melhor dizendo, o dente propriamente dito, pode-se obter essa etapa de duas formas: carga imediata ou carga tardia.

A carga imediata é quando conseguimos colocar o dente no mesmo ato da instalação do implante, já habilitando a carga sobre o implante. Para que possamos realizar esse procedimento devemos seguir alguns protocolos, como por exemplo, o travamento do implante deve ser igual ou superior a 45 N, e essa informação nos só teremos no momento da cirurgia, quando terminarmos de instalar o implante. A carga imediata está cada vez mais presente nos tratamentos, pois diminui o tempo de tratamento e evita que o paciente passe pela fase de provisórios, e com cada vez mais exigências precisamos agilizar os tratamentos.

Para dentes unitários a carga imediata somente é indicada para os dentes anteriores, pois estes não recebem altas cargas oclusais, ao contrário dos dentes posteriores, que recebem altas cargas oclusais, e isso contra indica a carga imediata para implantes posteriores. Nos casos onde não se obteve o travamento desejado ou não estava indicado a carga imediata, é feita em duas etapas, termina-se a cirurgia, fechando a ferida e espera-se o tempo de osseointegração do implante, que pode ser de 21 dias até 6 meses, dependendo do tipo de implante que foi utilizado e a região operada (tipo de osso que foi instalado o implante).

Portanto, o implante imediato e a carga imediata, são técnicas que foram sendo aprimoradas para que possamos sempre oferecer o melhor tratamento aos nossos pacientes, com muito mais conforto e agilidade no tratamento, porém é preciso avaliar cada caso e saber indicar o correto caminho a ser seguido.

Palavras-chave: cirurgião dentista; implante; carga imediata; Poços de Caldas; reabilitação oral; prótese.